terça-feira, 5 de abril de 2011

Sessão de Formação para Estudantes de Educação Básica

TEMA DA SESSÃO: Implicações da representação da inteligência no desempenho da profissão docente
DESTINATÁRIOS: Estudantes de uma licenciatura em Educação Básica
DURAÇÃO: 90 minutos
OBJECTIVOS: Compreender a importância da adoção de uma conceção construtivista da inteligência
                          Adotar um estilo educativo que promova a aquisição de competências metacognitivas 
RECURSOS: Apresentação em PowerPoint, projector, computador, quadro branco, caneta, fotocópias para distribuir aos alunos do texto apresentado no item Desenvolvimento.
METODOLOGIA DE TRABALHO:
1.       Utilização de uma apresentação em PowerPoint como suporte para a exposição oral;
2.       Mobilização sistemática dos conhecimentos prévios e das representações sociais dos alunos, levantamento de questões e debate;
3.       Apuramento e registo de conclusões no quadro branco;
4.       Distribuição das fotocópias do texto apresentado no item Desenvolvimento.
GUIÃO:
Sumário:
·         As teorias implícitas;
o   A representação da inteligência: conceção inata ou inatismo versus conceção construtivista/interaccionista ou construtivismo
·         Implicações da representação da inteligência no desempenho da profissão docente;
·         Estilos educativos para a promoção da aquisição de competências metacognitivas objetivando a formação de adultos ativos, responsáveis e autónomos
Desenvolvimento:
As teorias implícitas são teorias do senso comum baseadas em conhecimento empírico, que carecem de fundamento científico ou verificação, quase sempre transmitidas de geração em geração ou por tradição oral, que são aceites e referidas pela generalidade das pessoas de uma sociedade ou cultura. Expressam generalizações, por vezes injustas e/ou contraditórias, mas que são aplicadas consoante os interesses e a visão de quem as expressa. Exemplos disso são os ditados populares: “Aprender até morrer”, “Burro velho não aprende línguas”, “De pequenino é que se torce o pepino”, “Água mole em pedra dura, tanto dá até que fura”, etc.
As nossas teorias implícitas levam-nos a representações sociais que podem influenciar a nossa conduta nos diversos aspectos da nossa vida, por isso é importante termos consciência delas, analisá-las criticamente e dirigirmos as nossas ações em conformidade.
A representação social da inteligência é um exemplo de uma teoria implícita que tem grande influência no modo como é desempenhada a profissão docente.
Estudos efetuados distinguem duas conceções de inteligência:
a conceção inata: a inteligência é um dom inato e hereditário e só se desenvolve em função da maturação fisiológica do indivíduo;
a conceção construtivista e interaccionista: a inteligência constrói-se e desenvolve-se ao longo da vida através da interação do indivíduo com os agentes de socialização.
A definição da conceção de inteligência é um factor decisivo na forma como o docente adequará as suas práticas pedagógicas: se a sua posição for inatista, ele optará por adotar uma postura de transmissão de conhecimentos, assumindo o aluno um papel passivo de mero receptor. O sucesso ou insucesso do aluno será atribuído à sua capacidade de reter e compreender, ou não, os conhecimentos transmitidos. Se, por outro lado, o professor adotar uma posição construtivista ou interaccionista, nas suas práticas pedagógicas ele envolver-se-á de forma a ser parte activa no desenvolvimento intelectual do aluno.
Também a importância atribuída ao erro difere nas duas conceções: no inatismo, considera-se que o erro se deve à inaptidão e é um obstáculo incontornável; no construtivismo, o erro é aproveitado como uma forma de aprendizagem - aprendizagem por tentativa e erro - servindo também como motivo de reflexão e análise crítica, fazendo parte do processo de desenvolvimento e construção do conhecimento.
Parece então poder dizer-se que a conceção construtivista favorece a aprendizagem, na medida em que o aluno - assim como o professor - é parte ativa do processo de construção do seu conhecimento, o que possibilitará o seu desenvolvimento intelectual. Assim, os docentes deverão optar por um estilo educativo que promova a aquisição de competências metacognitivas, permitindo ao estudante tomar consciência do seu próprio método de aprendizagem e escolher o seu percurso. Para o efeito, deverão ser utilizadas estratégias de ensino que promovam competências de problematização, conceptualização, análise, reflexão e sistematização, as quais deverão desenvolver as capacidades de representação da criança.
BIBLIOGRAFIA:
Texto 3, adaptado de http://www.esenviseu.net/Recursos/Download/Tema_41/Desenvolvimento Intelectual.htm. Disponível on-line na UC Psicologia do Desenvolvimento

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